Parece que os idealizadores do ônibus elevado chinês (que é, na verdade, um trem) prometeram mais do que podiam cumprir. Depois de lançar o projeto com grande entusiasmo e construir a estação às pressas para a realização dos testes, os guardas do depósito onde o veículo acumula poeira revelaram que ele está ali parado há mais de dois meses.

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Song Youzhou, responsável pelo projeto, insiste que sua equipe tem inspecionado o veículo semanalmente e que sua empresa está a procura de novos investidores. Os 300 metros de extensão – ou metade de uma via em operação – usada para os testes continuam bloqueados, ainda que o acordo inicial dissesse que a estrutura de 22 metros e a área de testes teriam que ser desmontadas até o dia 31 de agosto. Um contrato foi assinado com o governo local ao final desse período para que a estrutura permanecesse por mais um ano.

Ainda não foram feitos anúncios sobre a segunda bateria de testes, que supostamente deveriam ser feitos em uma faixa de três quilômetros de extensão em Zhoukou. Por enquanto, parece que a estrutura não sairá do lugar tão cedo e está muito longe de deixar Qinhuangdao, primeira (e possivelmente a única) cidade a receber os testes.

Já falamos aqui sobre as falhas de segurança e limitações que o projeto apresentava desde a sua concepção. Somado a isso, a única empresa que investiu no TEB (Transit Elevated Bus) enfrenta processos por captação ilegal de fundos e avaliações de crédito falsas. O que era a promessa de uma solução rápida de transporte não-poluente está dando sinais de que não se realizará nem no presente, nem futuro da mobilidade.