Os londrinos deram a sua cidade o título de “Mais tóxica do mundo”. Tudo bem que o passado de Londres, sobretudo em saneamento, era bastante problemático. Mas, hoje, a capital britânica está longe do topo no ranking de cidades mais poluídas do mundo, o que não impede os locais de lutarem por mais melhorias. E, em breve, eles podem ajudar ativamente no monitoramento do ar.

A Plume Labs criou um dispositivo portátil para medir a poluição atmosférica. O aparelho identifica a quantidade de dióxido de nitrogênio (NO2), ozônio (O3) e componentes orgânicos voláteis. Os dados são imediatamente passados a um aplicativo no celular do usuário, que consegue evitar as áreas em pior situação. Além disso, o sistema poderia repassar todos os dados a pesquisadores do Imperial College of London, que teriam mais elementos para estudar como as pessoas podem se proteger da poluição.

VEJA TAMBÉM:
– Aterro sanitário e lixões já afetam o ciclo migratório das cegonhas
Como urubus ajudam Lima a acabar com aterros sanitários ilegais

Mas tudo isso ainda é para o futuro. O que há de concreto para o momento é que pombos farão isso. Exatamente, pombos, as aves comumente tratadas como pragas urbanas.

O sensor de poluição tem o peso de uma pena e pode ser carregado por um pássaro sem dificuldade. Assim, a Plume colocou o dispositivo em dez pombos treinados especialmente para sobrevoar diversas áreas de Londres por três dias (terça, quarta e quinta desta semana). Os dados serão disponibilizados pelo Twitter. Basta qualquer pessoa enviar uma mensagem para o perfil da Patrulha Pombal e receberá uma resposta com as informações.

O objetivo da ação aviária é promover o projeto que envolverá pessoas comuns. A Plume Labs está recrutando voluntários para realizar, em junho, um grande teste da versão beta do sistema. Além disso, a empresa criou uma campanha de arrecadação coletiva para financiar o desenvolvimento e produção em escala do sensor. A vaquinha estará aberta até 3 de abril.