A programação da edição de 2016 do Brazil’s Independent Game Festival (BIG) também contará com uma discussão sobre o uso criativo do espaço urbano em São Paulo. O programa Playable City, que busca desenvolver modos lúdicos de tornar as cidades mais habitáveis, acessíveis e humanas, será tema de um painel que reunirá Mark Leaver, seu diretor de desenvolvimento, Giselle Beiguelman artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Carla Costa, do Porto Digital, Sérgio Miletto, presidente do ADESAMPA e Guto Requena, arquiteto e pesquisador. O evento é resultado de uma parceria entre o centro cultural inglês Watershed, idealizadora do Playable City, e do British Council.
Essa não é a primeira atividade do programa no Brasil, que já realizou um workshop em Recife em conjunto com o Porto Digital. Em nove dias, foram feitos um site onde os usuários puderam registrar os seus pontos desejados de partida e chegada para rotas de táxis fluviais, um evento no qual um barco percorreu o rio coberto de luzes LED que mudavam de cor quando passavam por um ponto onde muitas pessoas tinham adicionado marcadores e também uma visualização do mapeamento sobre uma mesa, na qual era possível acompanhar e manipular a navegação de um barco.
A iniciativa busca novas formas de articular arte, sociedade, tecnologia e cultura no contexto urbano. Andrea Perrotti, organizadora do evento, realizou trabalhos acadêmicos que tratavam da relação com o espaço na educação infantil, mas ela ressalta que o Playable City também busca fazer com que os adultos usem locais públicos de maneira lúdica. “Não é só para as crianças, todo mundo pode olhar para a cidade de outra forma. Por que não pode ser um espaço de diversão? Por que não pode ter outros usos?”.
O Playable City, que já produziu resultados surpreendentes na Inglaterra, no Japão e na Nigéria, também será explorado em um workshop para participantes selecionados. A ideia é juntar pessoas que já trabalham com intervenções urbanas e atividades lúdicas, como artistas, arquitetos, designers e desenvolvedores de jogos. Roni Hirsch, do Erê Lab, e o artista Narcelio Grud, de Fortaleza, estão entre as presenças já confirmadas.
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O workshop tem como objetivo promover a troca de experiências e investigar as possibilidades de intervenção urbana, considerando a situação específica de São Paulo. As particularidades de cada lugar são a base para a criação de soluções ou estímulos lúdicos, como no caso do projeto Urbanimals, vencedor da edição 2015 do Prêmio Internacional Playable City. As projeções de animais foram instaladas em ruas escuras e locais pouco frequentados para estimular a criação de familiaridade com áreas que eram antes ignoradas em Bristol, na Inglaterra.
BIG + Playable City: Painel: Abordagens criativas para uma cidade mais inteligente
Workshop: Playable City
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