A história do projeto A Banca começa com um coletivo de jovens que se reuniam em uma garagem no Jardim Ângela, distrito da Zona Sul de São Paulo que possui quase 300 mil habitantes. O grupo começou suas atividades voltadas para a cultura hip hop com foco na música – oficinas, ensaios abertos e reuniões de planejamento – no final dos anos 1990, quando o bairro era considerado um dos lugares mais violentos do mundo pela ONU.
Hoje, A Banca é uma produtora cultural social sem fins lucrativos que realizou mais de 70 eventos, pelos quais passaram 40 mil pessoas. A maior parte das atividades se concentra no Jardim Ângela, mas o grupo já atuou também no Grajaú e Cidade Ademar, também na Zona Sul. No ano passado, aproximadamente 6 mil pessoas assistiram aos Racionais MC’s em um show organizado “para e com as pessoas da quebrada”, relembra Marcelo Rocha, o DJ Bola, membro da equipe do A Banca.
“Queremos sistematizar esse método de sobrevivência fazendo o que ama na rede para as pessoas baixarem e replicarem. Um negócio que parte desde a base – para romper a barreiras sociais – até a profissionalização”, diz. Atualmente o grupo atua na captação de recursos para um festival de hip hop com Criolo e Emicida e também promove artistas, incuba negócios na periferia e trabalha com a geração de conteúdo a partir da cultura hip hop para o ensino em escolas públicas e particulares. Além disso, também realiza eventos gratuitos como o Arena da Arenda, uma batalha de MCs com discotecagem e roda de discussão sobre empreendedorismo a partir de recursos arrecadados por crowdfunding.
A atuação do A Banca na periferia será abordada na edição de dezembro do PlusPlus!, evento que reúne mensalmente um grupo para a discussões temáticas e é organizado pelo Panda Criativo. O Outra Cidade é parceiro do de mídia do evento, que este mês abordará o tema “Paz”.
PlusPlus! SP de dezembro:
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