O que é? As cidades são centros de inovação, onde as pessoas se reúnem em busca de soluções criativas. As novas gerações são por natureza disruptivas, e saber como elas se comportam e o que valorizam diz muito sobre o que devemos esperar do futuro. Foi por isso que a Box1824 fez um estudo para saber o que os jovens querem conquistar e como planejam se inserir no mercado. Trabalho é o tema da edição de novembro do Creative Mornings/São Paulo, que debaterá a pesquisa All Work and All Play, sobre as mudanças no que se entende por emprego e o que se espera dos millennials no ambiente profissional.
Ter sucesso é ter flexibilidade
A Box1824, que levanta tendências de comportamento e consumo jovem, realizou um estudo que aponta o interesse da geração Y, que têm entre 18 e 24 anos e também é chamada de millennials, em oportunidades profissionais que combinem paixão e trabalho. Andreas Auerbach e Paula Englert, sócios da empresa especializada em identificar as primeiras manifestações do que ainda está por vir, irão apresentar as principais conclusões da pesquisa que realizaram com jovens de universidades do Rio de Janeiro e de São Paulo na edição de novembro do Creative Mornings.
Para a geração Y é mais importante tirar proveito do caminho a ser percorrido durante a carreira que ter um objetivo bem definido e cultivar uma relação mais fluida entre trabalho e diversão, uma vez que ficou muito mais fácil estabelecer conexões profissionais e pessoais em qualquer lugar e horário. Como estão sempre procurando desenvolver novas habilidades, o trabalho está mais ligado a um propósito ao qual eles podem servir de múltiplas formas que a uma função bem definida.
Em uma época onde a evolução tecnológica provoca mudanças constantes e exige que os profissionais estejam constantemente aprendendo, os millennials buscam desafios que contemplem sua capacidade de adaptação e desprendimento. Esses jovens são autônomos e a estimativa é que mais da metade já trabalha ou pretende tocar seu próprio negócio. “Os jovens trazem esse novo código para o ambiente de trabalho, nós buscamos saber o que eles fazem e pensam sobre suas carreiras”, comenta Auerbach.
O estudo provoca um questionamento nesse sentido de buscar fazer o que você ama, o que na verdade é exercido por uma minoria. Leva a pensar sobre se o que você faz tem significado, se tem propósito.
Andreas Auerbach
A concentração de oportunidades de trabalho é uma das características das cidades que mais motivam a migração para os grandes centros urbanos. O fato de as pessoas deixarem família e amigos para trás em busca de melhores empregos causa alienação em relação ao ambiente para onde elas se dirigiram, afinal, elas não adotaram um novo endereço simplesmente porque buscavam mais qualidade de vida.
Quando é mais importante se envolver em experiências engajadoras que acumular anos de carreira e é possível trabalhar a qualquer hora em qualquer lugar, desde que haja uma conexão disponível, isso pode, sim, impactar a forma como as cidades se organizam. Mais que isso: os centros urbanos terão que desenvolver outros atrativos para continuar a abrigar os jovens e, consequentemente, estarem na linha de frente no desenvolvimento de soluções inovadoras.
CreativeMornings de novembro:
Obs.: O Outra Cidade é parceiro de mídia do CreativeMornings/São Paulo. |