O número de casos de dengue no Brasil diminuiu drasticamente em 2017, segundo os dados do último boletim epidemiológico aplicado pelo Ministério da Saúde. Até junho deste ano, foram notificados 113.381 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução de 90,3% em relação ao mesmo período de 2016 (1.180.472).
Apesar da queda, especialistas garantem que não dá para dizer que o perigo acabou. Pelo contrário. É o momento de unir toda a tecnologia disponível no mercado às medidas preventivas para mantermos o número de casos em baixa. Seguindo esta direção, duas empresas participantes do Braskem Labs Scale, o programa de aceleração da Braskem, produziram soluções que direta ou indiretamente impedem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. São elas a Raiz e a BR3.
A Raiz desenvolveu um vaso autoirrigável. Ele umidifica as plantas por mais tempo, dispensando a necessidade de regá-las toda a semana; mantém a casa limpa por não escorrer água; e ainda impossibilita que o mosquito da dengue deposite os ovos na água parada por meio de um sistema que possui uma tela e uma tampa no vaso.
“Dizemos que é autoirrigável porque o vaso possui um sistema de irrigação interna, composto por cordões, que funcionam como uma espécie de raiz artificial. Além disso, o reservatório de água é acoplado embaixo do vaso, garantindo umidade para a terra por vários dias, sem a necessidade de regar. Este reservatório é fechado e possui uma tela e uma tampa que afastam qualquer possibilidade do mosquito transmissor de doenças como a dengue se proliferar”, explica João Machry, sócio da empresa.
Já a BR3 criou o DengueTech, um inseticida biológico em formato de minitablete que mata as larvas do mosquito Aedes. Com fácil aplicação, ele pode ser usado em áreas públicas e também em casas e ambientes de trabalho. Viu um ponto com água parada ou que possa acumulá-la? É só pegar uma pastilha e depositar no local. O produto mata as larvas em poucas horas e seu efeito dura pelo menos 60 dias.
“O nosso produto é feito a partir de BTI (Bacillus thuringiensis var israelensis), uma bactéria de ocorrência natural, que só faz mal para o Aedes. A grande sacada do DengueTech é justamente essa bactéria: ela é o único agente controlador contra o qual o mosquito não consegue se tornar resistente, diferentemente dos inseticidas tradicionais”, afirma o diretor Rodrigo Perez.
As empresas se inscreveram no Braskem Labs com o intuito de crescer mais rápido e buscar mentorias em suas principais dificuldades internas. No caso da Raiz, a questão financeira para aquisição de matéria-prima e o capital de giro para manter o estoque. Já para BR3, a divulgação do produto e o acerto do público-alvo. Até o momento, os resultados das mentorias estão deixando os donos dos negócios satisfeitos.
“Com a ajuda técnica da Braskem realizamos um aporte para estruturação financeira da empresa. A ideia é ter uma linha de crédito que seja atrativa para o desenvolvimento do nosso negócio”, explica o sócio da Raiz.
O diretor da BR3 aproveita para enfatizar a importância das reflexões que as mentorias proporcionam e como elas se tornam concretas. “Até o momento, vínhamos priorizando muito a venda governamental. No entanto, por meio de uma discussão com o nosso mentor, resolvemos falar com mais ênfase com o consumidor final (individual ou coletivo) e já colhemos bons frutos dessa mudança”, conta Rodrigo.
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