O Uber teve um final de semana repleto de acontecimentos. Quando Jeff Immelt, antigo CEO da GE, retirou-se da corrida pela posição de novo CEO da startup de corridas compartilhadas, parecia que o processo voltaria para o início para os diretores da companhia. Mas dentro de algumas horas, Dara Khosrowshahi, líder da Expedia, arrancou uma vitória no apagar das luzes na batalha controversa para comandar a empresa mais encrencada do Vale do Silício.
O novo CEO assume em um momento em que a companhia tem sido consumida por ações judiciais de alto perfil, alegações ferozes de assédio sexual, brigas regulatórias internacionais, problemas intermináveis em relação a seu mau tratamento a motoristas, uma unidade de carro autônomo sitiada e muitos outros problemas. O único lado positivo no momento é que a empresa ainda está crescendo e reduzindo as enormes perdas que apresenta a cada trimestre. Antes que possa sequer se apresentar a seus novos empregados, no entanto, Khosrowshahi terá que informar a seus colegas atuais a sua partida, algo que ele pretende fazer hoje, supostamente.
Apesar das afirmações definitivas da CEO da HP Meg Whitman de que estaria fora da corrida para assumir a liderança do Uber algumas semanas atrás, o New York Times noticia que ela ainda estava sendo considerada até o último minuto neste domingo (27). Fontes contaram ao Recodeque Whitman estava negociando que tipo de papel o fundador e antigo CEO da empresa Travis Kalanick teria se ela assumisse o emprego. Uma pessoa com conhecimento da situação disse que Whitman sentia que Kalanick “seria um grande recurso para qualquer CEO e um diretor útil, mas não em alguma função operacional”. Segundo o Recode, o maior investidor do Uber, a Benchmark Capital, preferia Whitman, mas Kalanick apoiou Khosrowshahi e conseguiu que as coisas saíssem de seu jeito.
Essa é uma vitória enorme para o jovem fundador, que foi alvo de uma ação judicial apresentada pela Benchmark, que buscava removê-lo de qualquer tomada de decisões no futuro. Esse nível de briga interna no quadro de diretores é incomum para uma empresa com perfil tão alto quanto o Uber e apenas acrescentou ao sentimento de urgência da escolha de um novo CEO até o fim de agosto. Agora, Khosrowshahi terá que encontrar uma maneira de fazer todas as partes trabalharem juntas.
Khosrowshahi comandou a empresa de reservas de viagens Expedia desde 2005, e sua escolha para assumir o comando no Uber representa meio que uma concessão das partes. Embora ele não fosse a primeira escolha da Benchmark, Rich Barton, fundador da Expedia, é um parceiro da Benchmark. É de se esperar que Khosrowshahi comece com alguma boa vontade básica de todos os diretores da empresa.
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