Hélio Silva mora na zona leste de São Paulo, uma área que ele define como “carente em autoestima”. Ele foi pesquisar o que havia na região há 150 anos e resolveu que iria trazer de volta um pouco da mata atlântica que cobria o bairro da Penha, assim como boa parte da cidade e do país. Atualmente ele mantem em seu diário registros sobre local e espécie das 19.599 árvores que plantou e pretende viver até os 87 anos para completar 50 mil.

Formado em administração de empresas, Hélio é diretor comercial na Usina São Francisco durante a semana e reserva os sábados e domingos para plantar e cuidar das árvores. As mudas que Hélio plantou na Penha formam hoje o Parque Linear Tiquatira, oficializado em 2008 pela prefeitura. Ele é composto por três quilômetros de área verde ao longo das margens do rio que leva o mesmo nome.

Depois de pesquisar e aprender sobre as árvores, Hélio passou a trazer mudas de Limeira e Piracicaba e trabalhar na área em 2006, quando o local contava com cerca de 80 espécimes. Às vezes sozinho, às vezes com ajuda de eventuais voluntários, Hélio foi tornando o local mais arborizado plantando uma árvore frutífera a cada 12 unidades.

Hélio tem planos para plantar árvores também em ruas e avenidas da zona leste (Arquivo Pessoal)

Hélio conta que as primeiras 600 árvores plantadas por ele foram arrancadas do local, que hoje abriga pitangueiras, amoreiras, jabuticabeiras, entre outras espécies. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente atualmente contribui com mudas e realiza a manutenção do local, mas o ele também participa da adubação de 4 em 4 meses e planta novas unidades toda semana.

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O trabalho de Hélio na Penha, que completa 10 anos em novembro, será discutido na edição de junho do PlusPlus!, evento que reúne mensalmente um grupo para a discussões temáticas e é organizado pelo Panda Criativo. O Outra Cidade é parceiro do de mídia do evento, que este mês abordará o tema “generosidade”.