O hoverboard, uma prancha motorizada que roda de acordo com a postura do usuário, virou mania no último ano. Elas não tem nem 1% do charme da original, um skate voador imaginado no filme “De Volta para o Futuro 2”, mas esse segway sem guidão parece um brinquedo interessante para quem quer circular sem se cansar tanto. O problema é que ele tem se mostrado perigoso, e desde esta terça está vetado no transporte público em Boston.

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A MBTA (Massachusetts Bay Transport Authority) divulgou um comunicado proibindo os hoverboards em todas as suas instalações. Isso inclui o interior de veículos de transporte público (ônibus, metrô, trem e barco) e nas estações. A restrição não é apenas ao uso do aparelho, mas até ao porte deles. De acordo com as autoridades, funcionários e seguranças estão orientados a informar a implementação dessa regra a qualquer usuário que carregar um hoverboard, podendo “aplicar o banimento se necessário”.

Aviso da MBTA sobe o uso de hoverboards no transporte público de Boston (Divulgação)

Aviso da MBTA sobe o uso de hoverboards no transporte público de Boston (Divulgação)

Com essa decisão, Boston acompanha outras cidades, como Nova York, Chicago e Londres, e as companhias aéreas, que também limitaram o uso desses equipamentos. O motivo das leis anti-hoverboard é a falta de segurança das baterias de alguns equipamentos. Muitas delas não têm o controle de qualidade e de segurança adequados e causam explosões. Veja um trecho do comunicado da MBTA.

Hoverboards podem pegar fogo. Falhas na bateria de lítio estão na raiz dos incêndios. Falhas na bateria vão de abuso externo à fabricação da célula. Atualmente, não há padrões de segurança regulando o projeto e a fabricação desses aparelhos nos Estados Unidos. As regras da MBTA não permitem que artigos de natureza explosiva e inflamável sejam levados a qualquer estação ou veículo de passageiros.

Um incêndio potencialmente iniciado por uma hoverboard pode expor os passageiros a fumaça e gás tóxico, que podem levar a ferimentos ou à morte. Eles também aumentam o risco de ferimento aos usuários por quedas, colisões, assim como a possibilidade de cair nos trilhos dos trens.

A chegada da lei pode ser uma resposta a um acidente ocorrido no último dia 9. Um hoverboard desligado pegou fogo sozinho e as chamas se espalharam por um apartamento na região norte de Boston. Ninguém se feriu, mas houve prejuízo de US$ 100 mil e dez moradores do prédio tiveram deixar suas casas. Foi o primeiro caso registrado de incêndio causado por um hoverboard na cidade.