O começo do período letivo na Alemanha coloca os recém-chegados universitários em uma situação difícil. As moradias estudantis estão cada vez mais caras, distantes das áreas centrais e concorridas. Essa foi a conclusão de um estudo feito pelo Moses Mendelssohn Institute encomendado pela GBI, uma empreendedora imobiliária.

O estudo avaliou 100 fatores, incluindo aumento nos aluguéis, espaço disponível, competição por quartos com profissionais em início de carreira e número de universitários em cidades que recebem mais de cinco mil estudantes. Além de montar um ranking com as cidades onde é mais difícil achar moradia acessível, a pesquisa concluiu que a situação é crítica em 19 delas.

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Em média, um quarto em uma casa ou apartamento compartilhado (tipo de moradia estudantil mais comum na Alemanha) subiu de € 330, no ano passado, para € 349, em 2016. Munique, que abriga a Universidade Ludwig Maximilian, é considerada pelo estudo o pior lugar para um estudante encontrar moradia. Um quarto na capital da Baviera custa, em média, € 562, enquanto nas cidades da antiga Alemanha Oriental a média é de € 262 por mês.

Frankfurt passou por um acentuado aumento de preços nos últimos anos. Em 2014, o principal centro financeiro do país estava a dez pontos atrás de Munique e atualmente as duas figuram encostadas no placar. Berlim ficou em oitavo lugar entre as cidades onde universitários enfrentam dificuldades para achar um lugar para morar.

Apenas em sete das 91 cidades analisadas a situação dos estudantes ficou um pouco mais fácil em comparação ao ano passado. Embora a regulação do mercado imobiliário alemão seja favorável a quem mora de aluguel (em 2013, apenas 43% da população morava em casa própria), os alemães gastam uma porção maior de sua renda em moradia em comparação com Espanha e Irlanda.