Transformar a presença de pessoas conectadas no Google em recursos para melhorar os locais em que estão. A ideia veio do Instituto Strelka, uma organização não-governamental russa de arte, mídia, arquitetura e design parte da ideia que os cidadãos são um recurso dos municípios. E, se esses indivíduos estão ajudando a Alphabet (empresa que controla o Google) em projetos urbanos como o Sidewalk Labs, por que não ter em troca algum benefício para a cidade?

A ideia do Google Urbanism é que algum dinheiro proveniente de anúncios geo-localizados seja de fato investido em melhorar o espaço público onde as pessoas circulavam no momento da veiculação da propaganda. Assim como motoristas que pagam pedágio nas estradas por onde circulam, as empresas de tecnologia seriam uma fonte de financiamento para tornar áreas comuns mais agradáveis, que atrairiam mais pessoas, que dariam mais volume ao público dos anúncios.

Com os recursos provenientes dessa captura obtida com base na localização, as cidades teriam uma fonte de renda para que os espaços públicos recebam os devidos cuidados. A empresa, por outro lado, poderia adicionar elementos de contexto relacionados com os anúncios, de forma que a conexão entre a área e os produtos que usam os seus dados se tornem cada vez mais conectadas.

Os designers criaram uma página que contém uma mensagem para Eric Schmidt:

“Pense nisso: e se um cara assistindo um vídeo no YouTube no ponto de ônibus pudesse ter um impacto no seu bairro? E se piqueniques familiares pudessem assegurar a manutenção de um parque? E se praças pudessem financiar seus próprios eventos? Isso é o que estamos dizendo: se o futuro é realmente móvel, então muito de seu conteúdo será acessado de espaços públicos. Por todos os anúncios em sua plataforma, e se um pedaço do bolo voltasse para seu ponto de origem, fazendo das áreas públicas lugares melhores?… Você tem o poder de moldar a cidade de um jeito e está apenas começando a perceber isso.”

Ainda é só uma ideia, que depende de negociação para ir para a frente e ser desenvolvida. Mas o ponto de partida é mais que válido.