Cada calçada é um ponto de encontro entre nós e a cidade em que vivemos. Se ela é boa, a saída de casa para o mundo é tranquila. Se ela é ruim, a gente já sai tropeçando para a vida. Calçadas esburacadas e desniveladas não fazem bem para o humor, para a superstição, para os tornozelos e para os joelhos.   Além disso, calçadas mal cuidadas são um sinal, muitas vezes involuntário, de desdém pelas outras pessoas. Afinal, elas são nossa responsabilidade.

Para melhorar a cidade: Por amor ou por processo? Cidades começam a arrumar calçadas

Apesar disso, a gente não presta muito atenção em algo que está literalmente embaixo dos nossos pés (e dá para usar literalmente sem medo da professora de português). O publicitário Tony Nyenhuis veio do interior de São Paulo e gosta de andar a pé. Nas andanças entre a sua casa e o trabalho, começou a reparar mais nas calçadas. Descobriu um mundo novo na rotina.

É essa a história que ele conta no depoimento, em áudio, abaixo. As andanças viraram um projeto, o CalçadaSP (no Tumblr e no Instagram), que anda recebendo prêmios e reconhecimento país afora.  E, agora, vai virar exposição no metrô de São Paulo (veja o cartaz depois do áudio).

 

Tony é a primeira pessoa a aparecer na sessão de Pessoas Inspiradoras do Outra Cidade. São pessoas que fazem coisas grandes, médias, pequenas, não importa. O que importa é que elas nos inspiram a fazer alguma coisa. E, nas nossas cidades, o que mais precisamos são pessoas dispostas a usar seu tempo a favor de todos nós.

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