A vida noturna sempre foi uma das marcas de Londres, o que sempre motivou reclamações pelo fato de o metrô – o mais antigo do mundo – fechar sempre à 0h. Um problema que atingia os notívagos e, principalmente, os milhares de trabalhadores de bares, pubs, restaurantes e casas noturnas da capital inglesa. “Atingia”, pois duas linhas de metrô passaram a virar a noite em operação nas sextas e sábados.
Ampliar o horário de operação do sistema de trens urbanos subterrâneos mais antigos do mundo (foi inaugurado em 1863) não foi simples. Havia preocupação com a segurança nas estações durante a madrugada, além da oposição dos funcionários do sistema de transporte público londrino. As negociações levaram o metrô a atrasar em um ano o início do funcionamento 24 horas, inicialmente previsto para setembro de 2015.
As autoridades londrinas investiram £3,4 milhões (US$ 4,5 milhões) em segurança para o turno da madrugada e 100 guardas foram contratados para trabalhar nas estações quando a operação em horários estendidos de fim de semana estiver funcionando plenamente. A expectativa é atender 100 mil passageiros a mais por noite do fim de semana e impulsionar a injeção até £77 milhões (US$ 102 milhões) na economia local até 2029, quando o night tube estiver totalmente em operação.
Inicialmente as linhas Victoria e a Central – que ligam a região oeste a leste e a norte ao sul – funcionarão todo o fim de semana. O plano é estender o serviço às linhas Jubilee, Northern e Piccadilly no próximo outono (primavera do hemisfério sul).
Por enquanto, 51 estações estendem seus serviços pelas madrugadas de sexta e sábado. Apesar da operação noturna ter sido iniciada há apenas duas semanas, ela já possui um registro musical, Late Night, escrito pela cantora Charlotte Campbell.